21 de jun. de 2012

a massagem e a depressão

Um dos mais conhecidos benefícios da massagem é a sua capacidade para proporcionar ou melhorar a sensação de bem-estar, e estudos apresentam como promessa, uma possível ajuda para todos aqueles com depressão diagnosticada.

A depressão é uma condição que afeta milhões de americanos.
Existem muitas diferentes causas e graus de complexidade, tornando-se um desafio díficil para se conseguir tratar com eficácia.
Alguns fatores que poderão despoletar a depressão podem ser acontecimentos traumáticos que tenham acontecido tanto recentemente como no passado, ocultos distúrbios neuronais, alterações sazonais, e problemas físicos.
Na verdade, aqueles que foram diagnosticados com depressão também têm uma maior incidência de problemas de saúde.
Por outro lado, a massagem poderá também aliviar dor crônica, proporcionando assim um estado emocional mais salutar.

Embora as causas profundas não sejam ainda totalmente compreendidos, um fato fisiológico da depressão diz respeito a um baixo nível de um neurotransmissor, a serotonina.
A serotonina é responsável pela transmissão de mensagens dos nervos e contribui sobremaneira para uma sensação de bem-estar.
Baixos níveis de serotonina podem causar dificuldades em lidar com emoções intensas da maneira mais adequada, levando algumas pessoas a agir impulsivamente, ou a comportar-se de forma mais agressiva, agir de forma auto-destrutiva, e ainda torna a lucidez mais obscura no exercer da nossa percepção acerca da realidade.

Tem sido demonstrado que a massagem eleva os níveis de serotonina, que acaba por ser um elemento extremamente importante na luta contra a depressão.

Pesquisas sobre o efeito do stress na depressão mostrou existir uma correlação entre os níveis elevados de cortisol e a redução dos níveis de serotonina.
O cortisol é uma hormona que é libertada durante uma situação em que o interveniente se sente ameaçado (necessidade de rápida tomada de decisão entre lutar ou fugir), e é um dos químicos responsáveis pela poderosa explosão de energia que se consegue sentir aquando de uma situação de crise.
Prolongados períodos de stress aumentam os níveis de cortisol no organismo.
O cortisol é também responsável pela redução da quantidade de serotonina encontrada dentro do sistema nervoso, afectando assim negativamente a sua capacidade de agir eficazmente.
A massagem solta a tensão e promove relaxamento, o que leva a uma imediata e significativa diminuição do cortisol, às vezes em mais de 40%.

Os benefícios fisiológicos positivos da massagem fazem com que seja efetivamente um bom complemento à psicoterapia, e à prescrição de antidepressivos.

Uma vez que os sintomas depressivos podem ser tão variados e complexos como a personalidade de cada paciente, o tratamento é muitas vezes um caminho de tentativa e erro e não há garantias de que um paciente irá reagir positivamente à terapia antidepressiva.
Embora seja eficaz para muitos, há ainda uma grande percentagem de doentes que ainda não encontraram forma para aliviar seus sintomas depressivos.
Uma das possíveis causas poderá ser a incapacidade da medicação alterar a química do cérebro, em dado paciente.
Outro motivo comum é a enorme quantidade de efeitos colaterais desagradáveis, como boca seca, visão turva, sedação, obstipação, náuseas, dor de cabeça, causando desconforto e levando os pacientes a abandonar completamente a terapia antidepressiva.

Para aqueles que não reagiram bem à medicação de antidepressivos, existem alternativas terapêuticas que têm demonstrado resultados positivos no tratamento de depressão de grau leve a moderada.
Estes tratamentos incluem acupuntura, aromaterapia, terapia expressiva e terapia do toque ou massagem.

Um estudo recente do Touch Research Institute com Duke University mostrou que a massagem é eficaz para reduzir cortisol níveis elevando ao mesmo tempo os níveis de serotonina, durante e depois de uma sessão de massagem.

A massagem também ajuda na redução da dor e melhora a sensação de bem-estar.
Isto reflete-se pelo aumento acentuado de níveis de serotonina e dopamina encontrados nos participantes do estudo.
Os níveis de serotonina foram substancialmente aumentados, em 38%, o que efetivamente contraria os efeitos negativos do cortisol.

Além disso, as sessões de massagem tinham uma duração média de 15 a 30 minutos, e foram realizadas com alguma frequência (2 a 3 vezes por semana) ao longo de várias semanas. 

Estes fatos sugerem que a massagem como terapia pode ter sucesso no tratamento de baixos níveis de serotonina tal qual o mesmo objetivo que a prescrição de antidepressivos tem, e muitas vezes tendo um efeito ainda mais imediato.



Referências:

Field, T., Morrow, C., Valdeon, C., Larson, S., Kuhn, C., & Schanberg, S.(1992). Massage reduces depression and anxiety in child and adolescent psychiatric patients. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, 31, 125-131.

Field, T., Grizzle, N., Scafidi, F., & Schanberg, S. (1996). Massage and relaxation therapies’ effects on depressed adolescent mothers. Adolescence, 31, 903-911.

Field, T., Hernandez-Reif, M., Diego, M., Schanberg, S., & Kuhn, C. (2005) Cortisol decreases and serotonin and dopamine increase following massage therapy. International Journal of Neuroscience, 115, 1397-1413.



fonte: http://www.joylifetherapeutics.com/massage/massage-therapy-and-depression/



copiado de http://www.mm-massagem.com/estudossobremassagem.html

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